quarta-feira, 21 de julho de 2010

Assassin's Creed II - Indispensável


Como um fã da série Assassin's Creed não podia deixar de falar desse excelente jogo. Aproveitem.


Em 2007, "Assassin's Creed" chegou cercado de muita publicidade e dividiu opiniões de críticos e fãs. Com produção requintada e toques de ficção científica, o jogo apresentou muitos momentos de ação com uso de técnicas do Parkour para mover o protagonista através de muros, telhados e torres dos grandiosos cenários passados durante o século XII, assim como muitos combates furtivos.


O game fez sucesso, mas não foi uma unanimidade graças a uma série de limitações mecânicas e a constante repetição de objetivos e missões. Agora, "Assassin's Creed II" surge com poucas novidades estruturais, mais preocupado em corrigir os defeitos do original e ampliar seu alcance. Diante da proposta, o novo game faz bonito e supera o anterior em todos os sentidos.


Um novo assassino


A história da franquia gira em torno do mocinho Desmond Miles, um sujeito comum nos dias de hoje que tem nas veias o sangue de grandes assassinos. Em "Assassin's Creed" ele conseguiu ver o passado de um de seus ancestrais, o furtivo Altair, que enfrentou uma grande conspiração no Oriente Médio. A descoberta das ações de Altair pode ser a chave para salvar a humanidade.


O novo jogo continua do ponto em que o anterior parou, depois de um final aberto e abrupto que ficou entalado na garganta de muitos fãs durante todo esse tempo. Miles ainda tenta entender seu papel em toda a confusão que se meteu e agora se vê forçado a absorver as memórias de um outro assassino de sua linhagem, que vive na Itália, 300 anos depois da aventura de Altair.


O novo protagonista é Ezio Auditore, jovem da nobreza de Florença que vê sua família ser traída e resolve vingá-la. Em plena Renascença, o sujeito tem apoio de ninguém menos do que Leonardo da Vinci para traduzir cartas e construir bugigangas que podem ajudá-lo em sua missão pessoal e suas ramificações em uma trama bem maior e sinistra. O novato se envolve com ordens secretas, cortesãs, mercenários, políticos corruptos e várias outras figuras enquanto viaja pelo país, em ações que também passam por locais como Veneza e Toscana.


O roteiro com certeza trata com mais carinho seus personagens, com melhor construção e desenvolvimento do que visto no game original. Embora clichês apareçam aos montes, é um trabalho melhor elaborado e que finalmente dá ideia de onde a franquia quer chegar, com direito até a alguns momentos cômicos bem posicionados -- especialmente o que envolve a aparição de uma figura que lembra bastante um certo encanador de macacão vermelho.


Maior e melhor


A mecânica do jogo pouco mudou em relação ao anterior. O usuário deve andar pelas ruas e interagir com personagens controlados por computador. Entre soldados e transeuntes, há aqueles que dão missões e outros que podem dar abrigo ao herói caso alguma de suas ações dê errado. Quando necessário, é possível escalar praticamente qualquer construção ou obstáculo colocado no caminho enquanto briga, mata ou rouba seus oponentes.


Há um motivo para tudo, claro. Agora a continuação apresenta uma maior variedade de missões, que podem ser de assassinato, intimidação, coleta de informações, entre outros objetivos. E há também mais ajuda para passar por tudo isso graças à presença de médicos que vendem itens de cura, ferreiros que fornecem armas e armaduras, entre outras presenças bem-vindas.


Para pagar por isso tudo, Ezio deve arrecadar dinheiro. As missões principais e paralelas são responsáveis por boa parte do montante, mas é possível furtar inocentes, revistar os bolsos de inimigos tombados em batalha e vasculhar os cenários em busca de baús escondidos -- para dar uma mãozinha, comerciantes locais vendem até mapas do tesouro.


Uma boa poupança garante ainda outros luxos, como tingimento de roupas para melhor camuflagem e a expansão de seu esconderijo na forma de um grande complexo comercial, e ajuda até na hora de criar um boa distração -- jogue dinheiro para o alto em uma rua cheia para ver o caos se propagar. As possibilidades, ainda que nunca exploradas com muita riqueza, ganham em volume e tornam a experiência bem mais rica e gratificante.

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